Pedro Brandt
Publicação: 18/10/2010 08:55
Miranda Kassin e André Frateschi são cantores e atores. Ela, 30 anos, desde 2008 lota o Studio SP, em São Paulo, cantando Amy Winehouse. No mesmo local, Frateschi, 36, se apresenta à frente da banda Heroes, interpretando David Bowie. "Os projetos são um sucesso e pensamos em qual seria o próximo passo", ele comenta. O passo em questão foi batizado de Hits do underground.
O disco reúne 11 músicas de artistas que frequentam (ou frequentaram) o circuito independente do rock brasileiro, alguns mais conhecidos, outros menos. A seleção traz os paulistanos Curumin (Magrela fever), O Degrau (220 volts), Cérebro Eletrônico (Dê), Numismata (Zeitgeist), Ludov (Numismata) e Os Mulheres Negras (Só tetele), a banda cuiabana Vanguart (Semáforo), a pernambucana Mombojó (Deixe-se acreditar), o carioca Rubinho Jacobina (Artista é o c%u2026), o catarinense-alagoano Wado (Fita bruta) e o gaúcho Wander Wildner (Rodando el mundo).
Nem todas as músicas que entraram no disco são exatamente hits, nem mesmo no underground. Tem até música inédita, caso de Zeitgeist, sobra do disco Chorume (2009), do grupo Numismata. Mas sucesso ou ineditismo, no caso do disco, é o de menos. O mais interessante deste lançamento independente é justamente jogar luz em bandas e compositores que, a despeito de sucesso radiofônico ou de vendagem de discos, mantêm uma produção musical pautada pela liberdade de criação, pela ousadia autoral e um colorido sonoro muito em falta no chamado mainstream.
André e Miranda gravaram nomes representativos do indie nos anos 2000, como Mombojó e Numismata |
Nem todas as músicas que entraram no disco são exatamente hits, nem mesmo no underground. Tem até música inédita, caso de Zeitgeist, sobra do disco Chorume (2009), do grupo Numismata. Mas sucesso ou ineditismo, no caso do disco, é o de menos. O mais interessante deste lançamento independente é justamente jogar luz em bandas e compositores que, a despeito de sucesso radiofônico ou de vendagem de discos, mantêm uma produção musical pautada pela liberdade de criação, pela ousadia autoral e um colorido sonoro muito em falta no chamado mainstream.